Mathias conta avanços implantados na Abase e destaca importância da Super Revista para o setor
Quarto presidente da Abase, entre 1999 e 2002, Luiz Fernando Mathias, ingressou na entidade como diretor-secretário na gestão de Ailton de Melo Messias, sendo posteriormente um dos vice-presidentes da gestão de João Gualberto, assumindo a presidência após a saída dele do setor de supermercados, por questões estatutárias, com a venda do Peti Preço, de sua propriedade. “João realmente realizou uma gestão muito transformadora na Abase, que evoluiu muito após a sua administração”, lembra.
Mathias havia começado a atuar no ramo de supermercado em 1989, com o Supermini, segundo ele, um conceito novo de loja de vizinhança à época, que hoje vem conhecendo uma grande expansão de algumas redes aqui na Bahia. São lojas em bairros, não muito grandes, mas com praticamente tudo que o consumidor necessita para o seu dia a dia. “Fiquei no ramo até 2004, mas aí se tornou muito competitivo e eu acabei saindo dessa área e continuei na área empresarial fazendo outras coisas. Deixei o ramo de supermercado na época que ele começou com uma evolução muito grande das redes genuinamente baianas, quando houve esse crescimento bastante acentuado”, conta.
A sua gestão à frente da Abase foi marcada por duas grandes conquistas: a criação do Programa Prato Amigo e o início da interiorização da entidade, que passou a conhecer um crescimento substancial. “O Prato Amigo foi realmente uma felicidade da gente poder ter contado na época com o grande apoio da prefeitura, da Vigilância Sanitária e principalmente dos supermercados da Bahia, que faziam parte da Abase e com os quais a gente conseguia muitos alimentos em condições de uso e que infelizmente não eram colocados na gôndola e o cliente não levava porque às vezes era uma cenoura que estava com uma ponta quebrada ou uma maçã tocada”, conta, lembrando que o programa chegou a complementar 1.600.000 refeições por mês em Salvador, alimentos que eram destinados a creches e entidades beneficentes.
Uma outra marca da sua gestão foi o início da interiorização da Abase. “Quando assumimos, a Abase se limitava a uma atuação em Salvador, pelo fato de não existir outras redes na Bahia, sendo mercado dominado praticamente pelo Paes Mendonça”, conta. Ao assumir a entidade, Mathias criou as diretorias do interior, implantou uma regionalização da entidade, dividindo o estado da Bahia em diversas áreas.
“Conseguimos diretores supermercadistas para cada uma daquelas áreas e levamos a Abase ao interior. A Abase desenvolvia muitas ações para seus associados, mas esses benefícios eram utilizados apenas pelos supermercados de Salvador. Então com essa interiorização a gente pode levar essas ações em benefício dos supermercadistas pequenos e médios do interior e com isso a gente começou a aumentar o número de associados E hoje, a Abase, depois de 20 anos solidificou essa atuação no interior, cresceu muito o número de associados no interior do Estado. Acho que foi uma marca muito benéfica para o supermercadismo na Bahia essa interiorização da Abase iniciada na nossa gestão”.
Hoje fora do setor, ele está empreendendo no ramo da educação. Mathias, contudo, vê um desenvolvimento muito importante para o supermercadismo, projeta avanços substanciais e vê a atuação da Super Revista nos últimos 30 anos como um marco fundamental para a concretização dessa realidade.
– Eu cumprimento Benneh Amorin, diretor-fundador da Super Revista, e toda a sua equipe por ter exercido um papel muito relevante no supermercadismo baiano, que evoluiu muito. E a Super Revista também evoluiu. Ela começou com aquela revista impressa, depois evoluiu para a revista digital, agora já vem a TV, enfim, ela está acompanhando essa evolução do supermercadismo baiano e ela sempre prestou muitos bons serviços ao setor de supermercado com temas relevantes e com muito profissionalismo e ética com que Benneh sempre conseguiu conduzir a revista nesses 30 anos – finalizou.