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Geraldo Rufino: “Quais são os nossos valores?”

O palestrante do 47º Encontro Baiano de Supermercados considera a família o primeiro e o mais importante de todos os valores, na qual as pessoas devem buscar a felicidade, e ensina que o sucesso não consiste na posse de milhões, carrões e mansões e sim no cultivo da humildade, simplicidade, generosidade e gratidão. Ele, que teve as lições de vida aprendidas com a mãe, garante que o que importa não é quanto a pessoa tem, mas sim quem ela é.

Valores são a fórmula de sucesso para o empreendedor e fundador da maior empresa de reciclagem e desmonte legal de veículos da América Latina, a J.R. Diesel. Para o catador de latinhas que se tornou o Catador de Sonhos, Geraldo Rufino, palestrante do 47º Encontro de Supermercadistas da Bahia, a família é o primeiro e o principal de todos os valores, na qual se deve buscar a felicidade. Portanto, em suas centenas de palestras já realizadas no Brasil, a sua pretensão não foi ensinar a ninguém a ganhar o primeiro milhão.

“A espiritualidade e a felicidade” são a meta para o mineiro de Campos Altos. “Por que as pessoas não estão alcançando esse objetivo? O que é que elas chamam de sucesso? Cara, está em casa ou neste ambiente aqui, que é a extensão da família, todo mundo aglutinado em volta… isso é sucesso”, responde o empresário, que aprendeu com a mãe a orar e agradecer tudo que lhe acontecia e acontece na vida. O garoto que foi criado na favela do Sopé, em São Paulo, e hoje é pai de três filhos e considera que um fim de semana em família é sinônimo de sucesso.

Casado com a mesma mulher há mais de 40 anos, questiona: “Por que as pessoas estão achando que é o primeiro milhão, que é o carro alemão, que é um avião, que é uma mansão…?” Ele já quebrou cinco vezes, reerguendo-se reiteradamente e assevera que “a vaidade é o veneno que traz outras energias negativas: a prepotência, a arrogância, a intolerância, o preconceito”, acrescentando que “quando você tem gratidão, acessa a humildade, se livra da vaidade. Na humildade, na simplicidade, na generosidade, na gratidão você fica blindado…”.

O empresário pondera que apesar da tecnologia, é necessário voltar para a base. “Vocês não podiam dar um nome melhor a esta reunião? A base. Vocês fazem parte do que tem mais valor neste planeta: A família. A família começa na base, então isto aqui é uma família, que é a base de tudo”. E para ele que teve na sua mãe a principal mentoria da sua vida, “o pilar, o alicerce da família é a mulher”. Geraldo Rufino viu sua mãe morrer quando tinha apenas sete anos e meio de idade.

Assim, na sua experiência, ele assevera que as pessoas ao entenderem que a família é a base e a mulher o alicerce, vão começar a entender de valores. “O resto você vai conquistar. Nós somos emocionais. Tudo o que você faz tem a ver com a emoção”, portanto, para o garoto que começou a trabalhar aos oito anos em uma empresa de carvão para ajudar a família, é preciso cuidar da emoção.

Sua intenção ao conversar com o público é impactar positivamente as pessoas. Caso consiga fazê-lo com apenas uma, já terá atingido o seu objetivo, que é despertar as consciências, ajudando-as a serem felizes com o que realmente importa. Considerando muito complexo o fazer supermercadista, analisou que a história de cada um torna todas as pessoas especiais e suas vidas sensacionais, pois, segundo ele, não se trata de quanto a pessoa tem, mas de quem ela é, de quem ela tem ao seu lado e do tempo que ainda lhe resta ao lado dessas pessoas.

Cuidar de si, da família são a meta de quem busca a felicidade, na avaliação de Rufino, que aos 13 anos ingressou em uma grande empresa como contínuo, se tornando diretor.

Em todos os momentos da sua existência, Geraldo Rufino tirou lições e aprendizados importantes. Viver de bem com a vida foi uma lição aprendida com a mãe. Trabalhar como se a empresa fosse a extensão da família, sorrir para funcionários, parceiros e clientes foram aprendizados desde quando ainda era catador de latinhas na favela do Sopé, aos onze anos. Dessa maneira, quando foi para Harvard estudar Marketing e Vendas, a lição sorria para o cliente que você vende, já lhe era um aprendizado da infância de menino pobre e feliz.