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Sustentabilidade está na ordem do dia e os supermercados não podem ficar de fora do jogo

Nunca, na história desse país, e por tabela no mundo inteiro, se falou tanto nessa pequena grande palavra mágica de sete sílabas e 16 letras: Sustentabilidade. Todos, de alguma forma, perseguem diversas maneiras de alcançá-la e os supermercados, por sua vez, não poderiam ficar de fora.

Pesquisas dão conta de que as gerações mais novas – os Millennials e a geração Z – têm preocupação intensa com a sustentabilidade. Portanto, a sustentabilidade em supermercados não é um tema relevante unicamente para proteger o meio ambiente. É também uma oportunidade de atrair clientes mais jovens, aumentar a fidelidade de longo prazo e gerar mais valor.

E a pergunta que não quer calar é a seguinte: como promover a sustentabilidade nos supermercados, diminuindo-se os impactos ambientais? A necessidade de investir e aperfeiçoar ações que melhorem a experiência de compra, fidelizando a clientela e impulsionando as vendas é a tônica do momento. Isso significa que os supermercadistas precisam assumir o compromisso com o desenvolvimento sustentável, ou seja, buscar rentabilidade, mas preocupando-se com o meio ambiente e preservando seus recursos. Ao agir assim, os estabelecimentos tornam-se socialmente responsáveis e ficam em sintonia com a clientela, cada vez mais adepta do consumo consciente.

Mas para que o conceito de sustentabilidade possa ser aplicado nos supermercados devem ser implantadas ações para atender a essa clientela que valoriza organizações preocupadas com o meio ambiente. Quais seriam então as principais medidas para alcançar a tão sonhada sustentabilidade?

Em primeiro lugar, deve-se dar preferência a fornecedores com responsabilidade ambiental. Se o supermercado quer se tornar ecologicamente correto, uma boa medida é privilegiar fornecedores que também tenham esse compromisso ambiental. Portanto, o primeiro passo é aproximar-se daqueles que forneçam produtos ecológicos, orgânicos e de baixo impacto à natureza.

A prática mostra que vale muito a pena trabalhar com marcas que não agridam o meio ambiente. Uma pesquisa sobre vida saudável e sustentável desenvolvida pelo Instituto Akatu revelou que 65% dos entrevistados esperam que as empresas tenham metas para tornar o mundo melhor e a grande maioria, quase 80%, deseja que as organizações realizem operações que não degradem a natureza.

Nesse sentido, os supermercados podem optar, por exemplo, por fornecedores que embalam seus produtos com materiais recicláveis, substituindo assim as embalagens plásticas que são de difícil decomposição e poluem oceanos, lixões e aterros sanitários. Atualmente já há diversas opções de embalagens desses tipos de materiais, como cartão kraft ou papel texturizado. Os estabelecimentos também podem buscar quem fornece produtos biodegradáveis e que sejam fabricados com baixo consumo de água, energia e matéria-prima. Ainda vale a pena ter fornecedores cujas operações não incluam o uso excessivo de defensivos, agrotóxicos e substâncias proibidas ou nocivas à saúde e ao meio ambiente.

RECICLAGEM

Investir na reciclagem dentro dos supermercados é outra prática a ser adotada, pois não se pode falar em sustentabilidade sem a adoção de práticas de reciclagem. Dentro dos supermercados é possível reaproveitar uma série de materiais ou dar a eles a destinação correta. Papel, plástico, sobras de verduras e legumes e outros itens que iam para o lixo, aguardando a coleta de limpeza pública, podem ser tratados nos próprios estabelecimentos.

Para aderir à reciclagem, é importante fazer um estudo de quais sobras podem ser reaproveitadas e de que maneira. Frutas, legumes, verduras e outros alimentos, por exemplo, que estejam com aparência diferente, mas em bom estado e dentro do prazo de validade para consumo, podem ser comercializados com desconto. Esses produtos podem, ainda, ser recolhidos e enviados para empresas especializadas no tratamento de material orgânico, passando pelo processo de compostagem e gerando um excelente adubo.

A instalação de estações de reciclagem é outra medida que pode ser adotada pelo supermercado. Manter locais para a coleta de pilhas, baterias, medicamentos, cartuchos, lâmpadas e óleo de cozinha é uma iniciativa que beneficia os clientes e o meio ambiente. Para os primeiros, o supermercado oferece um local para o descarte correto de seus resíduos e para o segundo, um menor impacto, evitando que tais materiais acabem despejados na natureza sem tratamento, contaminando solos e águas.

Além disso, o supermercado pode criar uma estratégia de Marketing Verde, adotando Estações de Reciclagem, dando ao cliente a possibilidade de ganhar produtos ou descontos quando ele deposita os materiais nessas estações.

Deve-se ainda evitar as famigeradas sacolas plásticas feitas de polietileno, verdadeiras vilãs na poluição do meio ambiente, levando mais de 200 anos para se decomporem, além de entupirem bueiros nas cidades, poluírem rios e oceanos e, nas matas, podendo causar a morte de animais.

A adoção de energia solar também pode ser uma excelente alternativa na busca pela sustentabilidade. Ao instalar painéis solares, o supermercadista fará uma economia considerável, pois a energia elétrica é muito mais cara. O sistema solar é ideal para os supermercados porque eles possuem grandes áreas livres nos telhados das lojas e nos estacionamentos.

Os painéis solares têm uma vida útil longa, em média superior a 30 anos, e possuem baixo custo de manutenção. Sendo assim, no fim do mês isso pode significar uma redução de até 95% na conta de energia.

Como vimos, existem várias medidas que podem promover a sustentabilidade nos supermercados. Adotando algumas estratégias ecologicamente corretas, os estabelecimentos têm um enorme ganho de imagem junto à clientela. Além disso, firmam seu compromisso em avançar, protegendo o meio ambiente.