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Giorgeo Zanlorenzi: Presidente da Vinícola Zanlorenzi

Sucos e Vinhos Campo Largo conquistam o consumidor do Brasil pelas suas  qualidades

O presidente da Zanlorenzi, Giorgeo Zanlorenzi, um dos executivos mais destacados da vinicultura do Brasil, concedeu entrevista ao jornalista Benneh Amorin e falou sobre a origem e a evolução da Zanlorenzi e como tudo começou na Serra Gaúcha. A entrevista foi realizada no dia 9 de fevereiro, oportunidade em que  Giorgeo Zanlorenzi estava na sede da empresa, em São Marcos/RS e Benneh Amorin na redação da Super Revista, ao lado do representante comercial da Zanlorenzi na Bahia, Leninho Sampaio, sócio da Leão Sampaio, há 20 anos representa a Zanlorenzi. Nas suas colocações o presidente da Zanlorenzi falou da origem da empresa, fundada em 1942, pelos seus avós Carlos Zanlorenzi e sua esposa, Júlia, que estabelecem a Zanlorenzi & Irmão Ltda.; da tecnologia empregada para produzir vinhos e sucos, com maior destaque para a marca Campo Largo; da ética adotada nas relações da empresa com o mercado e os seus colaboradores. Abordou também temas relacionados à sustentabilidade, governança ambiental, social e corporativa (ESG) e do mercado onde a Zanlorenzi está inserida. Disse da satisfação em ter o vinho Campo Largo como o mais vendido no Sul do Brasil: “O Vinho Campo Largo é o vinho mais vendido no Sul do Brasil e é um vinho que a gente sempre primou, por fazer com uma qualidade diferenciada, com uvas selecionadas”. Falou ainda do potencial do Nordeste como consumidor de vinhos.  “Dentro do nosso planejamento, o Nordeste é um mercado que a gente acredita muito em seu potencial e, o nordestino, é um consumidor muito forte de suco e, principalmente, de vinho. Confira a seguir.

 

Benneh Amorin  – A Super Revista quer saber o que as empresas têm para oferecer ao consumidor final. Fale um pouco sobre a origem e a evolução da Zanlorenzi e como tudo começou na Serra Gaúcha?

Giorgeo Zanlorenzi – Primeiramente, obrigado Benneh pela oportunidade que está nos permitindo em falar um pouquinho do nosso negócio, tão bem acompanhado do nosso representante comercial, Leninho Sampaio, que faz 20 anos que está com a gente e tem feito um belo trabalho, nos ajudando a conquistar várias vitórias. Falando de vitória, o Leninho era o craque do Esporte Clube Vitória, então tem tudo a ver.  Enfim, graças a Deus, a nossa empresa está completando 82 anos, uma empresa familiar, que começou com meus avós, como você bem falou em 1942. Então, meus bisavós vieram da região do Vêneto e chegaram aqui no Brasil já com a cultura do vinho. Junto com eles trouxeram algumas mudas de parreiras e começaram o cultivo da uva. aqui no Brasil. A nossa empresa nasceu em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba, a 20 Km da capital. O meu avô e a minha avó começaram tudo e, em homenagem à cidade de Campo Largo, eles colocaram o nome Campo Largo em seus produtos.  Tudo começou na época com o vinho, de uma forma muito artesanal, em frente a uma rodovia que faz sentido ao norte e sul do Paraná e meu avô, juntamente com a minha avó, começou com um armazém. No armazém, eles começaram vendendo salame, queijo e o vinho que vem lá da cultura da Itália. Tudo feito em casa, matava o porco, o queijo era proveniente do leite retirado da vaca, tudo de uma forma extremamente artesanal, e como era à beira da pista começou a virar um ponto de parada, e as pessoas começavam a comprar os produtos e levavam para outros destinos. E aí foi ganhando uma relevância e o consumidor começou a gostar do vinho. E, assim, de uma forma artesanal, partimos a trabalhar de uma maneira um pouco mais industrial. Naquela época tudo era manual, não tinha máquina para nada, era um negócio extremamente manual. Eles trabalharam muito. Eu sempre escutava dos meus avós que eles trabalhavam muito, acordavam antes do sol nascer e terminavam depois do sol se pôr. Foi uma história muito bonita, de muito trabalho e de sucesso. Depois veio a geração dos meus pais, os filhos dos meus avós e os meus tios, já numa década no início dos anos 80, quando chegou a um ponto que não tinha mais a fruta aqui para atender a nossa demanda. Tomou-se a decisão de ir para o Rio Grande do Sul, onde tinha mais disponibilidade da fruta, e lá foi adquirido uma unidade na cidade de São Marcos, o berço da Serra Gaúcha, e desde a década de 80 a gente está em São Marcos. Lá recebemos uva para fabricação do vinho, para suco e para o espumante e, também, a maçã para processamento dos nossos sucos, que é produzida lá no Rio Grande do Sul em um período de 60 dias. Você tem que produzir o ano todo. Estamos bem no momento de safra, que começa aqui mais ou menos início de janeiro e vai até metade de março. Nesse período, você tem uma safra por ano e precisa comprar toda essa matéria-prima para atender a demanda da área comercial para o ano inteiro.  Eu assumi a empresa aqui em 1997, que era de um monoproduto, era só vinho Campo Largo, estava muito concentrada nas vendas aqui no estado do Paraná e um pouco em Santa Catarina, uma empresa muito regional, que trabalhava com um único produto. Portanto, quando assumi a empresa o nosso desafio foi fazer um trabalho de expansão: os dois pilares de crescimento da empresa foram a expansão territorial e a expansão de portfolio.  Até 2010, a Zanlorenzi era uma empresa só de produtos alcoólicos: vinho e espumante. Neste mesmo ano, em 2010, entramos na área de não alcoólicos, inicialmente com o suco de uva, em seguida, a gente entrou com o suco de maçã, isso na época toda embalagem de vidro.  A empresa foi crescendo com esse aumento de portfolio e de base territorial de forma que a gente foi ganhando cada vez mais relevância no mercado. Em 2017, fizemos um investimento na linha de envase asséptico, que é um dos nossos sucos para oferecer uma possibilidade, além da embalagem de vidro, uma embalagem de Pet asséptico. Essa embalagem de Pet entrega a mesma qualidade que a embalagem de vidro, uma embalagem mais prática e que não quebra, isso já é uma tendência que vem lá dos Estados Unidos e da Europa, que tanto os sucos como outras bebidas, como o leite mesmo, são envasados em embalagem Pet. Aqui no Brasil, os sucos eram envasados em duas embalagens praticamente ou no vidro ou na caixinha, que é o cartonado.  Os nossos produtos não são adicionados açúcar, o doce é da fruta mesmo. O que a gente passa para o nosso consumidor é que a gente quer buscar a praticidade.

BA – Então, o consumidor pode ficar despreocupado, que tanto faz vidro ou Pet, a qualidade é a mesma e está preservada toda a estrutura do produto?

GZ – Sim, é total. Isso é uma possibilidade de a gente dar para o consumidor a tecnologia que temos aqui. Você está convidado para vir conhecer a nossa planta industrial e o que você vai ver é uma tecnologia alemã, onde a sala de envase, é como uma UTI de hospital.  A pessoa para entrar lá, ela precisa passar por uma assepsia, é uma sala fechada e a máquina é enclausurada. E por que tudo isso? Para que você não tenha nenhum risco de contaminação do produto.  A gente não adiciona nada no produto. A fruta vai para dentro da garrafa, tanto com o nosso suco de uva e outros sabores, como a laranja, maçã e a nossa água de coco. Enfim, além disso temos a linha de chás funcionais, com zero calorias e muito voltada para o público feminino. A gente adoça com Estévia, um adoçante que trouxemos dos Estados Unidos e que não deixa nenhum residual. A Estévia, é um produto que está sendo muito bem aceito, principalmente pelas mulheres, um produto que é gostoso e não tem calorias. O vinho Campo Largo aqui no sul do Brasil é o vinho mais vendido, é um vinho que a gente sempre primou por fazer com uma qualidade diferenciada, com uvas selecionadas. Além da marca Campo Largo vinho de mesa, temos também a marca Quinta do Rio Grande, que vem numa embalagem de 1 litro, e também tem a linha de espumantes, que é uma categoria que acreditamos bastante, porque o consumidor hoje está tendo uma migração em todos os sentidos. Hoje, a partir do momento que ele experimenta o suco que estava com gosto de néctar, ele vai para o suco 100%, o suco que é só suco na embalagem e o paladar dele não volta mais atrás. A categoria de sucos no Brasil está crescendo muito em função que a questão sensorial do produto é muito boa e o consumidor está cada vez mais atento e lendo o rótulo do produto. Hoje se fala muito em mídia social e nós temos trabalhado muito forte essa forma de comunicação, que é uma tendência que não tem mais volta.  Temos tudo no celular hoje e é o que tem beneficiado os nossos produtos, através da divulgação. A gente vem conquistando o apoio das mídias sociais. O consumidor experimenta o produto e vê que realmente entregamos o que ele promete, que é um produto que não tem nada de açúcar. Essa geração mais nova que está chegando está olhando muito para isso. As informações que chegam da quantidade de açúcar que tem o refrigerante e os seus malefícios começam a preocupar o consumidor, que passou a olhar para isso com maior preocupação com a saudabilidade desde a bebida quanto os alimentos, pensando numa expectativa de vida cada vez maior. Então, esse consumidor busca ter uma alimentação balanceada, uma bebida saudável e a prática de atividade física. Tudo pensando na questão de aumentar a expectativa de vida e envelhecer com qualidade. O vinho é a bebida mais saudável, é a bebida alcoólica mais saudável que existe no mundo, tomando-o moderadamente. Tudo isso fez a nossa empresa ter um crescimento muito forte nos últimos anos e com isso a gente tem se destacado no mercado.  Uma empresa que está presente no Brasil inteiro, hoje com um portfolio muito completo. Temos um portfolio que pode atender a gôndola do nosso cliente, do supermercadista, porque a gente tem suco, chá, água de coco, vinho de mesa e o vinho importado que distribuímos em todo País e que é o mais vendido no Brasil, além do espumante. Enfim, temos um portfolio que atende o cliente de uma maneira completa porque hoje o cliente está buscando empresas com portfolio que busca fornecedores mais completos. A nossa empresa sempre busca a tecnologia de inovação e sempre antenada em tudo que está acontecendo em nível mundial para se destacar cada vez mais no mercado nacional.

BA – Sabemos que a Zanlorenzi no quesito tecnologia é uma empresa que não deixa a dever nada a ninguém e está realmente no mercado com tudo, mas por outro lado a empresa precisa ficar muito atenta, que são os critérios de ética com o mercado, ética com o consumidor e a sustentabilidade, porque hoje qualquer empresa inserida no sistema global deve preservar o nosso planeta.  Me fala um pouquinho das ações do grupo Zanlorenzi relativo à questão do ESG, da sustentabilidade e da preocupação com a natureza e com a ecologia?

GZ – Essa é uma preocupação bastante relevante que a gente tem aqui. As atitudes que discutimos estrategicamente sobre o que podemos fazer de melhor para o planeta. Algumas atitudes a gente tomou para evitar a poluição no nosso habitat: uma delas é com relação a uma caldeira movida a óleo de xisto, um produto que gera poluição de gases para atmosfera, mesmo ainda trabalhando com controle de gases. Substituímos essa caldeira pensando na questão da sustentabilidade e, ao invés de óleo de xisto, utilizamos a biomassa e, assim, trabalhamos com as cascas de eucalipto de pinhos para poder acionar a nossa caldeira. Temos um programa aqui dentro da empresa chamado “Lixo Zero”, tudo que geramos de lixo reaproveitamos, desde a alimentação dos nossos colaboradores à matéria-prima que chega na empresa, a exemplo de papelão e o plástico, que vai sendo destinado para as áreas para reaproveitar esses materiais. Hoje a nossa empresa tem um reaproveitamento de lixo de 100%. A gente reaproveita tudo que a empresa gera de lixo e em nosso processo produtivo da fruta aproveitamos tudo. A exemplo, temos o cabinho do cachinho da uva, que encaminhamos para uma empresa que faz a prensagem e se transforma em um tipo de tijolo que é utilizado na lareira para o aquecimento das casas. Um processo bem interessante também é o bagaço da casca da semente da uva e da maçã que se destina para alimentação animal. Tudo que sai do nosso processo produtivo se aproveita e nada é descartado no meio ambiente.  Tanto o bagaço da uva quanto da maçã é uma matéria-prima que serve para o balanceamento da alimentação animal. Portanto, devolvemos para o nosso produtor que entrega a fruta. São cerca de mil famílias, são pequenos produtores que tem uma média de dois hectares de terra. Eles sobrevivem do cultivo da uva e da criação de porcos e de vacas que tem na própria moradia. Eles se autossustentam com o que tem em casa. Produzem também outras frutas, a exemplo do caqui, e, na serra também produzem muito alho.  É uma agricultura de pequenos produtores, mas que tem um padrão de vida muito bom, porque são pessoas que trabalham muito. É a família que trabalha com agricultura de subsistência. Eles entregam a uva e a gente extrai o líquido e devolve para eles as cascas e as sementes. São ações como essa e entre outras que fazemos sempre buscando devolver o mínimo possível e, o melhor, pensando na questão da sustentabilidade. Temos também o canal de ética da empresa, voltado para comunicação, tanto para o fornecedor quanto para o cliente e o funcionário da empresa, que podem se comunicar nesse canal de ética direto com o nosso Recursos Humanos.

BA – Giorgeo, a fronteira do Rio Grande começou a ficar pequena e a Zanlorenzi não vai ter mais problema de safra, pois aqui no Nordeste temos até duas safras e meia por ano. O que o levou a vir para Lagoa Grande, no Vale do São Francisco, em Pernambuco?

GZ – Em primeiro lugar, acreditamos muito no potencial do Nordeste, e, em segundo lugar, fomos muito bem acolhidos pelos nordestinos. O prefeito Vilmar Cappellaro foi muito importante para tomarmos essa decisão de vir construir uma filial da Zanlorenzi em Lagoa Grande, porque quando a gente estava pensando em alguma coisa sobre Nordeste conversamos com ele que nos auxiliou de todas as maneiras.  Dentro do nosso planejamento, o Nordeste é um mercado que acreditamos muito no potencial e o nordestino é um consumidor muito forte de suco e, principalmente de vinho, além das ações do governo também voltadas para o Nordeste, que tem uma população muito grande, com mais empresas se instalando e gerando mais receita e mais riqueza para as cidades que fazem o Nordeste e também o Norte, regiões com grande potencial de crescimento, além de ter um público muito consumidor das bebidas.

BA – Sabemos que as fronteiras estão abertas e hoje o Grupo Zanlorenzi com as suas marcas não está somente no Brasil, mas também na Ásia, Filipinas e aqui em toda a América do Sul. Me fala um pouquinho desse projeto internacional da Zanlorenzi com as suas marcas?

GZ – É um trabalho que a gente vem fazendo participando de algumas feiras em nível mundial em Paris e nos Estados Unidos porque a gente observa em especial a questão da exportação que é bem relevante. Então, dentro do nosso planejamento estratégico temos caminhado com esse objetivo e já temos feito algumas exportações com resultados positivos, em termos da aceitação do produto.  É uma oportunidade para que a gente possa levar os nossos produtos e o Brasil tem qualidade e know-how. Tenho certeza que essa área de exportação vai ter um crescimento cada vez mais forte no nosso negócio.

BA – Sobre a linha de produtos e portfolio da Zanlorenzi, que começou com a marca Campo Largo e seus vinhos e hoje já tem uma gama de produtos, inclusive produtos premiados, como é o espumante. A Zanlorenzi produz o espumante Lunar, que é uma bebida muito legal, tanto aqui para o Nordeste como para o Brasil inteiro. Me fale um pouquinho desse portfolio de produtos?

GZ – Como você bem falou, Benneh, o nosso espumante já foi premiado internacionalmente. O espumante brasileiro é reconhecido internacionalmente porque a gente tem uma característica muito boa do Terroir, que se adapta ao paladar brasileiro. O nosso produto é um pouco mais adocicado, a acidez dele é mais baixa, é um produto fácil de beber, não tem complexidade, e se adequa muito bem ao paladar do consumidor brasileiro.  A questão também climática, a exemplo da região Nordeste, onde é delicioso tomar um espumante bem gelado.  Antigamente, o espumante era especificamente para se comemorar a virada do ano, hoje, virou uma bebida de comemoração para tudo, seja um casamento, aniversário ou inauguração. Enfim, o espumante é uma bebida realmente que a gente aposta muito e tem um potencial de crescimento muito grande. O espumante é uma bebida que tem que ser consumida jovem, diferente do vinho fino, que tem a questão da guarda, já o espumante, quanto mais jovem for, melhor ele é.  Também percebemos uma migração do consumidor, que antigamente tomava muito a Cidra. Ocorreu uma migração desses produtos mais baratos, saindo da Cidra para optar pelo espumante, essa é uma tendência também do consumidor de migração de categoria, e permanecemos muito atentos no que ocorre no setor, e é por isso que estamos crescendo nesse mercado.

BA – O Brasil teve um crescimento muito grande nos últimos 20 e 30 anos nas vinícolas brasileiras, em fazer produtos melhores e em se qualificar, como o próprio Grupo Zanlorenzi. Como é que você vê esse novo momento das empresas nacionais no segmento de sucos e vinhos?

GZ – A gente observa uma consolidação das empresas do setor cada vez maior. Acho que neste setor como qualquer outro, a exemplo do supermercadista, observa-se esse crescimento. Essa consolidação tem dois formatos: as grandes empresas e as pequenas empresas, e isso não é somente aqui no Brasil, é em nível mundial. Se você observar, na Europa, também, no nosso setor, as pequenas empresas estão muito mais voltadas para um negócio mais familiar. Esse é o desenho que a gente observa e algumas empresas estão ficando no meio do caminho e outras estão se consolidando cada vez mais no mercado. Cresce cada vez mais aqui no Brasil as empresas como as boutiques e o enoturismo voltados à gastronomia.

BA – Uma empresa não se desenvolve sem parceiros fortes em todas as áreas, principalmente na área comercial, tanto na área de vender e comprar para escoar o produto. Aqui na Bahia você tem um dos representantes dessa área de representação comercial, um dos mais renomados, que é o Leninho Sampaio.  Como é que se deu essa parceria?

GZ – Tivemos a felicidade de ter uma pessoa que realmente tem os mesmos princípios da nossa empresa, uma pessoa que tem uma grande rede de relacionamento. Sempre digo para todos que fico encantado com as portas que o Leninho abriu para a Zanlorenzi, não só da Bahia, mas em todo o Nordeste.  E por onde ele anda é muito bem recebido. O Leninho tem carisma e uma credibilidade muito grande e tem nos ajudado muito e vai nos ajudar muito mais ainda, tenho certeza disso, porque ele e a Paloma são pessoas realmente que fazem parte da história da Zanlorenzi. Ficamos muito felizes de encontrar pessoas como Leninho.  Gostaria de ter mais Leninho na nossa empresa, mas não dá para fabricar (risos).  Além do Leninho, também tem outras pessoas que nos ajudam a conquistar cada dia mais o nosso sucesso, porque não adianta ter posse da máquina, que todo mundo tem, porque quem faz a grande diferença são as pessoas.  A gente precisa ter pessoas boas e é isso que a gente busca e que estamos conquistando.

BA – Fale um pouco do trabalho e da parceria que a Zanlorenzi tem com o canal de supermercados para que os produtos cheguem até o consumidor final?

GZ – Graças a Deus, a Zanlorenzi está presente na grande maioria das redes do Brasil e cada vez mais conquistando novas redes que estão chegando. Estamos presentes na grande maioria das redes, tanto nacional quanto regional. Na Bahia, a gente está presente em todas as redes. E o que a gente busca realmente nessa parceria e o que cada vez mais queremos fortalecer dentro da nossa empresa, é o serviço. Não adianta a gente estar fazendo um trabalho só de relacionamento, precisamos realmente fortalecer o serviço com o nosso cliente, numa execução bem feita e fazer com que o produto esteja bem exposto, que esteja no lugar realmente certo para alavancar as vendas. Para mim, o melhor prêmio que existe é quando estou visitando o supermercado e o consumidor coloca o nosso produto em seu carrinho. Recentemente, estava no supermercado em Belo Horizonte e vi uma consumidora colocando quatro garrafas do nosso produto no carrinho.  Fui agradecê-la e ela falou: “Você não sabe há quanto tempo já consumo o produto de vocês”.  Então, esses 82 anos que temos de história são muito relevantes para que a gente consiga chegar onde chegamos, e fazer essa empresa cada vez maior e mais forte. Esse é o grande trabalho que a gente tem no dia a dia, nos esforçando e nos dedicando, sempre com muita humildade e muito trabalho, que são os grandes valores que a gente busca.

BA – Por que o consumidor final deve comprar os produtos da Zanlorenzi com suas marcas Campo Largo?

GZ – Acredito que quando o consumidor busca alguma coisa na gôndola, ele não pode errar.  Ele tem o dinheiro contado para levar o produto certo.  Ele não tem dinheiro para desperdiçar e comprar um produto que não tenha uma qualidade boa ou que não tenha uma apresentação boa. Percebo que no rol dos nossos consumidores, que conquistamos a cada dia, são consumidores que buscam produtos que realmente tenham qualidade e saudabilidade. A gente está dentro de uma categoria que tem inúmeras possibilidades de crescimento, uma categoria que não vai parar de crescer.  Eu sempre falo: se a gente pegar um dedinho do mercado de refrigerante, que cada vez está migrando mais um pouquinho, conquistamos uma imensidão. O mercado de refrigerantes são 14 bilhões de litros, se a gente pegar ali 5%, chega a 700 milhões de litros, imagina se colocar mais de 700 milhões de litros. O que passo para o nosso consumidor é que quando ele vai adquirir no mercado um produto com a marca Campo Largo, ele pode ter a certeza e a confiança que está levando um produto de 82 anos, que é o nosso bem maior, é a nossa marca. A gente não chegou aqui com 82 anos sem uma construção e sem muito trabalho, chegamos com muito trabalho e muita dedicação, é por isso que o bem maior da nossa empresa é a nossa marca. O consumidor quando vai comprar o produto, ele precisa ter certeza de que está atrás desse produto e, a Zanlorenzi, faz um trabalho de qualidade, sempre se aperfeiçoando para oferecer uma bebida com o sabor puro da fruta e pensando na saúde do seu consumidor.