PROJEÇÕES PARA 2023
Quando 2022 começou, as previsões para a atividade econômica do país apontavam riscos de recessão em pleno ano eleitoral, devido ao forte aperto monetário do Banco Central. Alguns prognósticos também indicavam queda do Produto Interno Bruto (PIB). Chegamos praticamente ao final do ano e, para 2023, as estimativas estão piores em meio ao cenário conturbado tanto no mercado interno quanto no externo. A economia continuará instável, com perspectiva de baixo crescimento, com um descontrole fiscal que provavelmente acarretará elevação do dólar pela desconfiança dos investidores, e culminará numa inflação em descontrole. A tendência da inadimplência é de elevação, por causa do cenário de alta de juros e de inflação elevada, o que vai gerar incertezas sobre a continuidade das reformas no país.
Decerto que governos recém-eleitos têm forte apoio popular para implementar reformas, o que deverá ocorrer. A reforma tributária é imprescindível, porque o atual sistema tributário não facilita em nada o crescimento econômico e social do país, pois eleva os custos das empresas, desestimula a competitividade, inibe os investimentos, gera insegurança jurídica, além de colocar os produtos nacionais em desvantagem em relação ao mercado externo. Os juros continuarão altos porque o custo do crédito tem relação direta com a intermediação financeira. O aumento de impostos aumenta o custo dos créditos (imobiliário, consignado, financiamento de veículos, rural e capital de giro). Se tivermos um sistema tributário mais simplificado, elevaremos os investimentos, as empresas produzirão mais e com maior qualidade, haverá redução dos preços dos produtos e serviços, além do incremento da geração de renda e de empregos.